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Vídeo emocionante do aluno Cacá que concluiu o curso de Refrigeração básica na Associação de moradores de Jardim Feliz Recebendo uma doação de um kit de ferramentas para iniciar seu grande sonho de ser um profissional de verdade! 

Vida dupla do líder comunitário

por Fábio Bezerra

Jaboatão dos Guararapes, 14 de Abril de 2019.

A primeira pergunta que uma pessoa faz ao encontrar um líder comunitário é: "Você recebe da prefeitura para exercer a função de líder comunitário?". Muitas vezes a própria comunidade é vítima das próprias armadilhas. Não buscam informações verídicas sobre o assunto e acabam deixando de lado uma forte ferramenta que é lutar por seus direitos.

Um líder comunitário é como qualquer outro cidadão, com a diferença que, ele sendo nomeado, PELA COMUNIDADE PARA REPRESENTÁ-LA, de forma legal, passa a ser um representante não remunerado, com a responsabilidade de buscar melhorias - saneamento, saúde, educação, laser, projetos profissionalizantes, regularização de moradias, entre outras - para aquela comunidade a qual foi eleito.

Pesquisando melhor, o morador poderá ver em ATA de nomeação, expedida pela Federação das Associações, bem como no estatuto de Fundação da Associação em seu Art. 2, parágrafo 3º : " A Associação NÃO distribui entre seus associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu património, auferidos mediante o exercício de suas atividades e os aplica integralmente na consecução do seu objetivo social." (parágrafo único do art. 1º da Lei Federal 9.970/99); e ainda no parágrafo 4º: "O presidente, como também os demais membros da diretoria executiva e conselho fiscal, NÃO recebem nenhum salário."

Muitas vezes o representante não tendo adesão da própria comunidade, se vê sozinho para resolver assuntos sejam de ordem administrativa, social ou pública, e termina por não conseguir alcançar os objetivos comunitários devido a falta de interesse dos moradores em participar. Sem falar que por inúmeras vezes o caixa da associação é finalizado com valores que não dá  para pagar nem a conta de luz do prédio, e portanto o líder comunitário paga do seu próprio bolso. Ou seja, a falta de êxito nos projetos e na busca de objetivos, sonhos e anseios da comunidade, se dá pela fraqueza da mesma, que não une forças com o líder comunitário, tornando-se assim uma comunidade sem visibilidade para o poder público, para as empresas privadas (que só patrocinam instituições fortes, tendo em vista seu merchandising), e consequentemente acaba não desenvolvendo capacidades sociais aos seus moradores e dificulta o crescimento e amadurecimento local.

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